PARABÉNS, Maria João Lopes e Rita Baptista Fernandes!

A Maria João Fragoso Mota da Costa Lopes e a Rita Ferrão Baptista Fernandes, alunas da Escola Secundária Sebastião e Silva, representaram a Europa, com mais outros dez colegas europeus, na FINAL da INTERNATIONAL SPACE SETTLEMENT DESIGN COMPETITION 2023, que se realizou, de 28 a 31 de julho, no Kennedy Space Center da NASA, Orlando, Flórida, EUA. Fizeram parte da equipa que ganhou o Grande Prémio da Competição e, além deste prémio coletivo, a Maria João Mota Lopes trouxe para Portugal um dos quatro Prémios Individuais de Excelência na Liderança "Dick Edwards".

Estas duas alunas estão de PARABÉNS, pelas suas capacidades e competências, pelos seus conhecimentos postos à prova, pelo investimento que fizeram nos seus projetos de vida e pelas oportunidades que agarraram para a sua própria formação dentro e fora das aulas, nomeadamente, no Clube de Ciências da Escola. A Maria João foi a coordenadora do Clube em 2022/2023. Parabéns, miúdas! Vocês honraram a vossa escola, o vosso país e a Europa, cuja representação integraram nesta difícil e ousada competição internacional!

A International Space Settlement Design Competition, também conhecida pela sigla ISSDC e por “SpaceSet”, é uma competição anual, da iniciativa da National Space Society (NSS) e da NASA, aberta a jovens dos 15 aos 18 anos, de todo o mundo, apoiada por organizações e empresas americanas ligadas à ciência, à educação e à exploração aeroespacial, entre as quais se destacam o American Institute of Aeronautics and Astronautics (AIAA), do Texas, a Society of Women Engineers, liderada até 2009, ano da sua morte, por Anita Gale, uma engenheira projetista americana que trabalhou durante 35 anos no Space Shuttle program da NASA, a Boeing Company e a Aerospace Education Competitions, entre outras.

Fora da América, a competição conta com inúmeras outras empresas e organizações ligadas à ciência e à exploração aeroespacial que apoiam e viabilizam as fases nacionais e regionais, donde saem os finalistas que participam na 3ª e última fase da competição que se realiza no Kennedy Space Center da NASA, na Flórida, EUA. Em Portugal, os parceiros são a Agência Espacial Portuguesa e a Ciência Viva.

Esta competição, que teve a sua primeira edição, só para jovens americanos, em 1984, e que se tem vindo a alargar e a envolver milhares e milhares de jovens estudantes e professores de todo o mundo, visa colher ideias viáveis para o desenho de colónias humanas no espaço e fomentar entre os jovens o interesse por estas matérias e, ainda, pela organização e liderança de empresas que viabilizem a aplicação destas ideias, no futuro.

A competição tem duas fases eliminatórias online e uma fase final presencial que se realiza no último fim de semana de julho no Kennedy Space Center da NASA, em Orlando, Flórida, Estados Unidos.

A PRIMEIRA FASE, online, é realizada ao nível de cada país e centrada nas escolas concorrentes. Durante um dia inteiro, os concorrentes, que se inscrevem em equipas que eles próprios constituem, apresentam os trabalhos que realizaram ao longo de quatro meses e respondem aos desafios que lhes são colocados pela organização, sempre em Inglês, relacionados com a exploração espacial na vertente da construção de colónias humanas em órbita ou assentes em planetas e que exigem visão, criatividade, inovação e conhecimentos de Física, Química, Astronomia, Biologia, Informática, Design, Matemática e Ambiente do espaço, entre outros. Desta PRIMEIRA FASE do concurso, observada por técnicos profissionais ligados à ciência e à exploração aeroespacial, saem os representantes de cada país para a SEGUNDA FASE, online, que é a REGIONAL a que pertence o respetivo país.

Quem escreve este artigo, porque veio abrir e fechar a Escola, no sábado em que se realizou em Portugal a 1ª FASE da Competição de 2023, teve oportunidade de ver os alunos do Clube de Ciências a chegar, às sete da manhã, armados com as suas ideias e com os seus computadores portáteis, a ocuparem todas as salas do setor A1, e, até à uma da manhã de domingo, a mergulharem totalmente na prova, a discutir, fazer cálculos e desenhos nos quadros das salas de aulas, durante todo o dia, alheados de tudo o resto que se passava à sua volta. Os seus ouvidos foram completamente surdos aos reparos "comam", "não se esqueçam de comer", "bebam água".

Na SEGUNDA FASE, também online, os concorrentes que aqui chegam, representando o seu país, são distribuídos pela organização em empresas de engenharia aeroespacial fictícias que defendem, durante um dia, as soluções que propõem para o desafio que lhes é colocado. Esta SEGUNDA FASE é realizada por cada um ligado, pela internet, à sua “empresa”, que integra jovens de vários países da mesma região, e ao Júri a quem apresentam e perante quem defendem as soluções propostas. O Júri regional, que integra técnicos profissionais da ciência e da exploração aeroespacial, escolhe aqueles que são convidados para representar a respetiva região na FASE FINAL, presencial, a realizar no Kennedy Space Center da NASA.

Para estas duas primeiras fases, o mundo é dividido em seis regiões: AMÉRICA DO NORTE (EUA + Canadá); ÁSIA; AUSTRÁLIA; EUROPA (sem Reino Unido); REINO UNIDO e ÁFRICA + MÉDIO ORIENTE.

A América do Sul, a Ásia e os EUA têm outros concursos jovens ligados à exploração aeroespacial cujos vencedores, por protocolo firmado com a organização da ISSDC, ganham direito a participar na FINAL PRESENCIAL, bem como outras personalidades jovens, de todo o mundo, diretamente convidadas pela organização.

Na FASE FINAL, os jovens participantes são divididos pela organização em três ou quatro “empresas” de engenharia aeroespacial e assentamentos espaciais. Cada uma destas “empresas” ocupa, durante os dias que dura a competição, um piso de um hotel alugado para o efeito, onde discutem, noite e dia, e fazem o trabalho que vão apresentar ao Grande Júri da FINAL. Cada “empresa” recebe gestores verdadeiros da indústria aeroespacial dos Estados Unidos, Austrália e Índia para atuarem como observadores e consultores do Grande Júri.

Na FINAL, no Kennedy Space Center, depois do acolhimento, ao fim da tarde do primeiro dia, as “empresas” são convidadas a desenvolver uma proposta de assentamento espacial, com a localização (em órbita ou num planeta), a capacidade de acolhimento e demais condicionantes colocadas, num máximo de 50 páginas, incluindo os desenhos, que devem, ao fim dos dois dias seguintes entregar e apresentar num briefing de 35 minutos ao GRANDE JÚRI. As “empresas” devem projetar uma infra-estrutura, definir fontes de materiais de construção, especificar os veículos usados para transporte, determinar as fontes de energia e os circuitos da água, desenhar os sistemas de computação, robótica e comunicações, especificar a alocação do espaço interno e fornecer custos estimados e cronogramas para o desenvolvimento do projeto.


São dois os PRÉMIOS atribuídos pelo Júri na GRANDE FINAL ISSDC:

- Prémio Melhor “empresa” para a “empresa” que se distinguir pela melhor proposta de design de assentamento espacial, tendo em conta o solicitado no início da prova a todas as “empresas”, o conhecimento do ambiente espacial, a criatividade e a competência técnica demonstradas, a apresentação ao Júri no briefing final de 35 minutos e, ainda, o trabalho em equipa e as competências de gestão demonstradas durante a prova final.

- Prémios individuais "Dick Edwards", que são prémios individuais de excelência na liderança, que distinguem o concorrente que, em cadaempresa”, mais demonstrou capacidades e competências para liderar uma equipa internacional, heterogénea e grande, com muitos grupos de trabalho especializado em domínios muito diferenciados, mas todos concorrentes para o sucesso da “empresa”.


A Grande Final da ISSD Competition de 2023 realizou-se de 28 a 31 de julho, no Kennedy Space Center da NASA, em Orlando, Flórida, Estados Unidos da América.

O desafio que foi colocado aos cerca de 260 concorrentes finalistas de todo o mundo, divididos, pela organização, em quatro “empresas”, de cerca de 65 concorrentes cada, foi que se ambientassem no ano 2049 e construíssem um projeto para a terceira grande comunidade de assentamento espacial em órbita da Terra para mais de 10 000 pessoas.

Destes 260 finalistas, entre vencedores das fases nacionais e regionais da ISSDC, finalistas de outros concursos ligados ao espaço e à exploração aeroespacial, em várias regiões do mundo, que, por protocolo com a organização, ganharam direito a estar na Grande Final ISSDC e entidades jovens diretamente convidadas pela organização a participar na Grande Final devido ao seu passado ligado a concursos deste género, estavam a representar a Europa (sem o Reino Unido) 12 alunos do ensino secundário/médio (uma aluna, por falta de financiamento para as viagens, participou online).

Dos doze alunos que representaram a Europa (sem Reino Unido), quatro eram portugueses e, destes, dois, melhor, duas eram da Escola Secundária Sebastião e Silva: a Maria João Fragoso Mota da Costa Lopes, do 12º ano, e a Rita Ferrão Baptista Fernandes, do 11º ano, ambas pertencentes ao Clube “Ciência Viva” da Escola. Os outros dois alunos eram o Guilherme Abrantes Leal, da Escola Secundária José Saramago, de Mafra, e a Sara Sofia dos Reis Filipe, da Escola Secundária do Cartaxo. A estes alunos também os nossos PARABÉNS!

A participação presencial das alunas da Escola Secundária Sebastião e Silva, do Agrupamento de Escolas de São Julião da Barra, Oeiras, acompanhadas pelo professor Ricardo Mota, contou com o apoio do Agrupamento, claro, mas sobretudo com o apoio financeiro da Câmara Municipal de Oeiras, que tem seguido e apoiado sempre os projetos e as atividades do Clube de Ciências.

A participação de Portugal não podia ter corrido melhor:  venceu o Prémio coletivo Melhor “empresa e a Maria João Mota Lopes ganhou o Prémio Individual de Excelência na Liderança "Dick Edwards". ESTÃO, POIS, DE PARABÉNS!

ALGUMAS FOTOGRAFIAS DA PARTICIPAÇÃO NA GRANDE FINAL ISSDC,
REALIZADA, DE 28 A 31 DE JULHO DE 2023, NO KENNEDY SPACE CENTER DA NASA

 
28-07-2023, sessão de abertura da FINAL ISSDC.

 

         

 ... a trabalhar no projeto vencedor.

     

  
Momento em que foi anunciada a "empresa" vencedora.

 

 
Entrega dos 4 prémios individuais de Excelência na Liderança "Dick Edwards".

 

  
A Maria João Lopes com o troféu do Prémio de Excelência na liderança.

 

  
As nossas meninas vencedoras.

 

  
As nossas meninas vencedoras com o professor Ricardo Mota que as acompanhou ao Kennedy Space Center da NASA.

 

 

 A equipa que representou a Europa, com três  dos professores acompanhantes (foto retirada do site europeu da competição).

 

 

 Entrada no Kennedy Space Center da NASA.


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 Links para 2 revistas que noticiaram o evento, dando relevo à participação de Portugal:

ComputerWorld (9/08/2023)

4gnews (10/08/2023)

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